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OPINIÃO: Soberania nacional

Seguidamente aparecem nas redes sociais denúncias sobre impedimentos que os brasileiros sofrem de circular em certas partes do território nacional, especialmente na Amazônia. As estradas nacionais que cortam territórios demarcados, de etnias indígenas, são vedadas aos brasileiros, depois de determinadas horas, mas não às ONGs internacionais, geralmente americanas, que dominam certas regiões. Existem informações que certas tribos falam o inglês e não entendem o português! Atuam na Amazônia mais de 300 ONGs internacionais cujos interesses, certamente, não são o bem-estar de nossos silvícolas.

O contrabando de metais nobres e a exploração de nossa diversidade ambiental, incluindo patenteamento estrangeiro de produtos extraídos (roubados) de nossa flora, também são denúncias difundidas nas redes sociais. No início do século XVII, os Jesuítas de procedência espanhola iniciaram a catequese de nossos indígenas, agrupando-os em reduções que se tornaram verdadeiras cidades, com desenvolvimento econômico e civilização que, ao longo de 150 anos, causou surpresa ao mundo europeu. Não havia analfabetismo, a religiosidade e o respeito às leis eram soberanos e o trabalho, moradia e alimentação assegurados. Igualmente, para todos. Os indígenas mantinham sua organização social tradicional, aperfeiçoada pelo progresso cultural.

Quando esse aculturamento do índio, liderado pelos jesuítas, começou a adquirir soberania, motivou a formação de um exército de portugueses e espanhóis, que, através da Guerra Guaranítica, destruiu as pretensões de autonomia e liberdade daquele povo. Ficou demonstrado, no entanto, que nossos índios podem ser aculturados e absorvidos pelo processo civilizatório. Isso aconteceu na Argentina, no Chile, em todos os países andinos, na América do Norte, na Austrália, na Nova Zelândia - como alguns exemplos. No Brasil se faz o contrário. Isola-se o índio; demarca-se territórios a eles destinados e impede-se, a todo custo, que se tornem cidadãos brasileiros. No "mapa mundi" dos interesses econômicos, a Amazônia aparece como área de reserva internacional. Os extensos territórios demarcados para várias "nações" indígenas atendem aos interesses internacionais, ferindo nossa soberania. Corremos o risco de perder esses territórios para protetorados estrangeiros. No início do século XX, sob a liderança de Plácido de Castro, chegamos até o Acre.

São territórios brasileiros, demarcados a ferro e fogo e por tratados internacionais indiscutíveis. Nossos índios querem os benefícios do progresso: os machados e facas, telefones, rádios, internet, são rapidamente absorvidos quando lhes oferecem. Privá-los disso é desumano. As vacinas e atenção médica fazem parte do processo de inclusão na brasilidade. Passou o tempo em que a varíola era utilizada para exterminar a resistência do índio à escravidão que lhe era imposta. Essas são reflexões que esperamos que estejam na cogitação do novo governo, porque, até agora, estamos caminhando no sentido contrário. Assistimos a um vídeo em que o senhor Jair Bolsonaro visita a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) que extrai e processa o nióbio das minas de Araxá. Fiquei preocupado com as bandeiras hasteadas em mastros na entrada da empresa. Contei mais de 10, sendo uma das primeiras a dos EUA, China, Japão, Coreia do Sul, Suíça e outras. Só a China detém 15% dos interesses. Não sei quanto aos EUA e Japão, mas fiquei curioso de saber quanto representam os interesses brasileiros. O nióbio é um dos elementos mais preciosos com que a natureza nos favoreceu. Mais precioso do que o ouro! Será que ele está sob os interesses da soberania brasileira?!

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